O termo pilonidal tem origem no Latim e significa ninho de pêlos (pilus-pêlo e nidus-ninho). O cisto pilonidal é uma variante do cisto dermóide. É um tipo de cisto que ocorre na parte inferior do cóccix. Pode ocorrer ainda em região do couro cabeludo, umbigo e axilas. Quando o cisto infecta pode se tornar cheio de pus, sendo conhecido como abscesso pilonidal. Quando se chega a esse estágio, ele pode ser muito doloroso e causa de bastante preocupação ao paciente.
Ocorre muito comumente em homens e mulheres jovens, até os 30 anos de idade, mas pode surgir em qualquer faixa etária da vida adulta.
Causas
A causa exata ainda não é clara em literatura médica.
A teoria de que o cisto seja uma mal formação embrionária, mas inconsistências na literatura tem deixado essa teoria de escanteio.
Hoje pensa-se que a doença seja adquirida. Acredita-se que pelos “encravados” na pele ou que penetram na pele e causem uma reação inflamatória localmente, causando o aparecimento do cisto. Fricção e calor contribuem para o desenvolvimento da doença.
Alterações hormonais e das glândulas sebáceas também estão envolvidas no desenvolvimento da doença.
Fatores de Risco
Abaixo alguns dos fatores de risco mais importantes:
- Jovens (até 30 anos)
- Obesidade
- Sedentarismo
- Profissão que se exige ficar longos períodos de tempo sentado
- Cabelos em excesso em regiões de ocorrência da doença
- Cabelo duro ou áspero
Sinais e Sintomas
Os sinais e sintomas irão variar de acordo com as características inerentes do cisto, além do estágio evolutivo ou complicação que ele se encontra.
- Dor, vermelhidão e inchaço na parte inferior da coluna
- Saída de secreção, pus ou sangue na parte inferior da coluna
- Cheiro ruim da secreção que sai da parte inferior da coluna
- Febre
- Dor ao toque
- Mal estar, fraqueza e astenia
Prevenção
Prevenção depende diretamente dos cuidados locais e hábitos de vida.
Abaixo algumas medidas de prevenção no desenvolvimento do cisto pilonidal e suas complicações:
- Mantenha a área limpa
- Perca peso, se necessário
- Atividade física regular
- Evite longos períodos em posição sentada
- Não se depilar com lâmina de barbear
Diagnóstico
Eminentemente clínico. O médico leva em consideração a história relatada pelo paciente, suas queixas e o exame físico bem feito são capazes de fechar o diagnóstico. O hemograma pode se demonstrar infeccioso com o aumento do número de leucócitos, mas ele não é específico para a doença. Exames de imagem, como o ultrassom, tomografia computadorizada e a ressonância magnética, podem auxiliar o médico na compreensão da dimensão da doença e no direcionamento para uma possível intervenção cirúrgica, mas não é necessária para o diagnóstico.
Quando preciso ir ao médico?
Quando os sinais e sintomas da aparecerem. Sintomas como dor e elevação na região coccígea. Quando ocorre o abscesso do cisto pilonidal, pode ocorrer edema ou inchaço local, vermelhidão, dor, febre, saída de secreção de odor fétido, sensação de flutuação de líquido e mal estar.
Se você tem alguns desses sinais e sintomas, não deixe de se consultar com um médico Coloproctologista.
Tratamento
No abscesso pilonidal, às vezes, pode ser necessário uma intervenção cirúrgica de urgência para a drenagem do abscesso. Os analgésicos, anti-inflamatórios, antibióticos e calor local são complementares no tratamento da afecção aguda. Raramente internação hospitalar é necessária nesse momento, sendo possível realizar o tratamento em regime ambulatorial. De qualquer forma, pode ser necessário procurar um pronto socorro nos casos de urgência.
Passado o momento do abscesso pilonidal, ou seja, da afecção aguda da doença, é a hora de programar uma cirurgia eletiva para a extirpação do cisto dermóide.
A forma mais eficaz e com menores índices de recidiva é a ressecção cirúrgica local, a ser realizada em ambiente de centro cirúrgico. Um acompanhamento com um profissional de feridas, o estomatoterapeuta, pode ser necessário até a completa cicatrização da ferida.
Existem hoje outras técnicas menos invasivas de tratamento do cisto pilonidal, como a cirurgia por laser e o VAAFT. No entanto, essas técnicas estão mais associadas à recidiva da doença. Essas técnicas são objetos de frequentes estudos pelos especialistas e há uma grande expectativa sobre o futuro das mesmas.
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